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coruche à mão

preservar memória / criar valor

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GASTRONOMIA

ABÓBORA

 

No âmbito do desafio publicado no post sobre abóbora, chegaram ao Coruche à Mão mais três  receitas com o ingrediente principal visado.

 Assim temos as partilhas de Doce de Abóbora Dourada por Clotilde Fatela, Tarte de Abóbora com Creme Pasteleiro por Rosa Nunes e Bolo de Abóbora com Pepitas de Chocolate por Lurdes Oliveira.

 

 

Doce de Abóbora Dourada

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 Ingredientes:

1 kg de abóbora

3 maçãs reineta

sumo de 1 limão grande

2 laranjas

1 kg de açúcar

 

Limpe a abóbora, retirando a casca, as pevides e os filamentos. Corte a polpa em pedacinhos. Descasque as maçãs e corte-as em fatias eliminando as pevides. Regue com o sumo de limão, para evitar que escureçam. Numa caçarola, disponha em camadas alternadas as frutas, o açúcar e a polpa das laranjas limpa de sementes e peles brancas. Tape o tacho e deixe em repouso até o açúcar derreter. Leve ao lume e deixe ferver lentamente, mexendo de vez em quando, até o doce atingir o ponto desejado. Deixe amornar e guarde em frascos vedados.

In: Cozinha Regional Portuguesa, pág 22

Créditos fotográficos: Paulo Fatela

 

Tarte de Abóbora com Creme de Pasteleiro:

 

Ingredinetes:

Recheio

500 g de abóbora;

100 g de açúcar;

50 g de manteiga;

1,5 dl de leite gordo;

Miolo de amêndoa laminado q.b.;

Cerejas cristalizadas q.b.;

Hortelã q.b.

 

 

Massa

125 g de farinha;

40 g de manteiga;

10 g de açúcar;

4 g de fermento em pó;

2 g de sal;

1 ovo;

0,6 dl de leite gordo;

Manteiga para untar Farinha para polvilhar;

 

Creme de pasteleiro

 35 g de açúcar;

30 g de farinha;

3 dl de leite gordo;

2 ovos;

1 colher (chá) de açúcar baunilhado.

 

 

Misture muito bem os ingredientes indicados para a massa. Unte uma tarteira com manteiga, polvilhe-a com farinha e forre-a com a massa. Leve ao forno, pré-aquecido a 180ºc, durante 5 minutos. Prepare o creme: ferva o leite com o açúcar. Num tacho, misture os ovos com o açúcar e depois a farinha. Adicione o leite aos poucos e mexendo sempre. Leve ao lume e retire assim que levantar fervura. Descasque e limpe a abóbora e retire bolas com uma colher parisiense. Leve ao lume uma frigideira com a manteiga e o açúcar, junte a abóbora e deixe caramelizar. Coza as sobras da abóbora no leite, reduza a puré e misture com o creme de pasteleiro. Recheie a massa com o creme, disponha por cima as bolas de abóbora e leve ao forno, a 180ºc, durante 10 minutos. Decore com amêndoa laminada, cerejas cristalizadas e hortelã e sirva morna ou fria.

(uma receita retirada da Teleculinária)

 

 

Bolo de Abóbora e Pepitas de Chocolate

 

Ingredientes:

2 chávenas mal cheias de farinha;

1 chávenas de chá de açúcar;

2 ovos;

1chávena de chá de abóbora cozida e bem escorrida;

1 colher de chá de canela em pó;

1/2 colher de chá de noz moscada;

1/2 chávena de chá de óleo;

50 g de pepitas de chocolate.

 

Junte a farinha, o açúcar, os ovos, a abóbora, a canela, a noz moscada e o óleo. Bata um pouco para os ingredientes ligarem bem, e junte as pepitas, mexendo mais um pouco, para envolver bem.
Coloque numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC por 35 a 40 minutos (faça o teste do palito)

 

GASTRONOMIA

PÁSCOA

São cada vez menos as pessoas que  seguem à risca o jejum imposto no período da quaresma (não comer carne na sexta feira santa), o mesmo não se pode dizer das tradições gastronómicas associadas à Páscoa, considerando ser a festa mais importante do mundo cristão.

Com origem no hebraico Peseach, a Páscoa começou por ser uma festa judia que  significa passagem ou transição. A Páscoa cristã é uma adaptação das celebrações judaicas, em que se celebra a libertação do povo Judeu e a passagem para a Terra Prometida com a travessia do Mar Vermelho, liderada por Moisés.

Para os primeiros cristãos, a data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo e a semana anterior à Páscoa é considerada a Semana Santa, que tem início no Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus em Jerusalém.

Em Portugal, a festa comemorativa da morte e Ressurreição de Jesus Cristo está associada a vários costumes que ainda se mantêm e que incluem comer cabrito assado no forno e como sobremesas as amêndoas, os ovos de chocolate e o folar.

 

Cabrito, cordeiro ou borrego?

28783396_1779031052128894_4108902482197628670_n.jpCréditos fotográficos: Célia Recatia

 

Na Páscoa, a tradição manda comer cordeiro assado no forno. Este costume pode variar consoante a região do país, mas afinal é cabrito, cordeiro ou borrego? Vamos por partes: cabrito é a cria da cabra e do bode, o cordeiro (até 7 meses) é a cria da ovelha e do carneiro e o borrego é um cordeiro entre 7 e 15 meses. A carne de cordeiro é mais clara e macia que o cabrito, que tem um sabor mais suave. Já o borrego é uma das carnes mais apreciadas em Portugal, especialmente no interior do país. O cordeiro simboliza Cristo, filho e cordeiro de Deus, sacrificado em prol do rebanho (humanidade).

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

 

Algumas receitas publicadas nos livros: Comeres de Coruche e Coruche à Mesa e Outros Manjares :

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Créditos fotograficos: http://media.rtp.pt/praca/wp-content/uploads/sites/37/2017/04/130.jpg

 

CABRITO FRITO 

Ingredientes:

Cabrito

Sal

Alho

Pimentão da horta

Vinho branco

Louro

Pimenta

Banha

 

Cabrito ou mesmo borrego; mas é melhor e mais usual cabrito.

Corta-se o cabrito em bocados de tamanho médio. É temperado com sal, alho, pimentão da horta, vinho branco, louro e pimenta (marina algumas horas).

Dá-se uma fervura ao cabrito num tacho bem tapado e com todos os ingredientes.

Quando começar a estar quase tenro, tira-se para fora do molho e frita-se em banha ficando bem lourinho.

Junta-se depois o molho em que foi cozido, passado pelo passador e deixa-se ferver um pouco.

Acompanha com batatas assadas no forno.

 

Preparação das batatas

Num tabuleiro, põe-se uma boa colherada de banha e deixa-se aquecer no forno juntando-se-lhe depois um pouco de água quente e a seguir as batatinhas que foram previamente esfregadas com sal.

Vão ao forno até ficarem assadas e lourinhas.

 In: “Comeres de Coruche”, Associação para o Estudo e Defesa do Património Cultural e Natural do Concelho de Coruche, 1993, pág. 22

 

BORREGO NO FORNO

De véspera tempera-se o borrego, depois de partido, com vinho branco, sal, colorau, pimenta, piripiri, louro, salsa bem picadinha ou mesmo picada no almofariz.

Num tabuleiro, deita-se azeite que cubra o fundo. Por cima deste umas cebolas às rodelas e depois borrego e, entre os pedaços, batatas pequenas que foram mergulhadas no infusório onde o borrego foi temperado, e pode juntar-se um pouco de molho. Por cima do borrego pode colocar-se uns bocados de banha, especialmente se o borrego tiver sido muito bem limpo de gorduras e peles. Vai ao forno a assar.

In: Labaredas, José – Coruche à mesa e outros manjares, Lisboa: Assírio e Alvim, 1999, pag.238

 

ENSOPADO DE BORREGO

Num tacho de barro levam-se a fritar as tiras de toucinho com um pouco de banha. Retira-se o toucinho e no pingo frita-se o borrego partido aos pedaços, depois destes terem sido passados por farinha. Depois dos bocados aloirados, deitam-se os dentes de alho, uma boa cebola picada miúda, uma folha de louro , três cravos de cabecinha, uns grãos de pimenta preta, ao consoante e um pouco de vinagre. Quando o já tiver  refogado com os restantes ingredientes ( e se limpou impecavelmente o borrego de gorduras, sebos e peles, é talvez conveniente neste momento juntar um pouco de banha de porco). Vai-se então juntando água a ferver, para o caldo, retificando-se os temperos de sal e vinagre, indo depois escaldar sopas de pão caseiro duro, podendo também juntar-se uns raminhos de hortelã.

Também, por vezes, quando a carne era pouca, se juntavam umas batatas cortadas às rodelas, sendo neste caso necessário adicionar mais água

In: Labaredas, José – Coruche à mesa e outros manjares, Lisboa: Assírio e Alvim, 1999, pag 245

 

 

Et voilá!!! Clotilde Fatela confecionou, no domingo de Páscoa cabrito assado no forno:

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 Créditos fotográficos: Paulo Fatela