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coruche à mão

preservar memória / criar valor

coruche à mão

preservar memória / criar valor

FIOS - LINHO, ALGODÃO, LÃ e OUTROS

Mais uma peça no âmbito da dinâmica TALEIGOS. A autora da peça é artista plástica e realizou-a com linhas de algodão policromátricas s/ estopa de linho. Utilizou o ponto de cruz para desenvolver padrões, num dos lados do "saco" a trama é mais fechada por oposição ao outro lado em que as cores e as linhas articulam-se entre si.

Apesar de este post não fechar as publicações de todos os participantes... Manifesto desde já uma enorme satisfação pelo cumprimento do meu objetivo inicial, preservar o tradicional e criar valor, também com inovação...

Obrigado Margarida Marques 

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 Créditos fotográficos: Paulo Fatela

GASTRONOMIA

 ERVILHAS / Pisum sativum

A ervilha, como é conhecida popularmente, é uma planta da qual existem muitas variedades, e das suas vagens são extraídos diversos tipos de grãos. Em  alguns países é costume utilizar os grãos e as vagens como alimento. O seu consumo contribui para uma dieta equilibrada pois constituem uma fonte de fibras.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ervilha

 

Como Plantar Ervilhas:

As ervilhas crescem melhor quando a temperatura permanece na faixa de 13°C a 18°C.

As plantas bem desenvolvidas podem suportar temperaturas em torno de zero graus Celsius, mas a floração é prejudicada pelas geadas. A ervilha não cresce bem em temperaturas elevadas (temperaturas próximas ou acima de 30°C).

Necessita de bastante luminosidade, com pelo menos algumas horas de sol direto diariamente.

O ideal é que o solo seja bem drenado e fértil.

O solo deverá ser mantido ligeiramente húmido. Tanto o excesso quanto a falta de água são prejudiciais para a planta.  As chuvas na época da colheita são prejudiciais.

A sementeira é normalmente feita diretamente no local definitivo, a uma profundidade que pode variar de 2 a 5 cm, dependendo do tipo de solo (mais rasa em solos mais pesados e mais profunda em solos mais leves). A germinação é geralmente rápida, ocorrendo em 4 a 8 dias.

As plantas de porte alto necessitam de suportes para crescerem verticalmente. É importante que os suportes sejam relativamente finos, pois a ervilheira trepa naturalmente fixando-se com suas gavinhas, que normalmente são ramificadas e relativamente curtas.

O tempo necessário para obter a colheita varia conforme a sementeira e o objetivo da produção, que pode ser a colheita das vagens ou a colheita das sementes.

Para a colheita de grãos verdes, as sementes devem estar  bem desenvolvidas, mas ainda hidratadas. Os grãos secos podem ser colhidos quando as vagens secarem quase completamente.

Fonte: https://hortas.info/como-plantar-ervilha

 

Imagens relativas ao ciclo das ervilhas em hortas do Sorraia (#hortadosorraia) de Patrícia Moreira:

 

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Créditos fotográficos: Patrícia Moreira

 

 

 Receitas:

  

Publico a minha receita de ervilhas com ovos, que gosto de comer apenas na sua  época!

 

Ervilhas com Ovos

(2 doses)

 

Ingredientes:

400 kg de ervilhas (descascadas)

1 cebolas

1 dente de alho

Azeite

3 tomates (médios) maduros

Sal (qb)

Meio chouriço de carne

4 ovos

 

Faço um refogado  com a cebola e o  dente de alho laminados, azeite e os tomates, devidamente limpos.

Corto o chouriço às rodelas e acrescento ao refogado, deixo apurar e adiciono água. Após a água estar a ferver junto as ervilhas, Verifico o sal, e deixo cozer. Quando as ervilhas estiverem quase confecionadas, escalfo os ovos. Eu gosto de escalfar os ovos em separado, faço ovo a ovo num tacho com água a ferver e vinagre.

Coloco o preparado em malgas e acompanho com uma fatia de pão saloio torrada. 

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 Bom apetite!!!

 

 Créditos fotográficos:Paulo Fatela

 

 

 

 

 

FIOS - LINHO, ALGODÃO, LÃ e OUTROS

Chegaram ao Coruche à Mão mais três taleigos, no âmbito da dinâmica iniciada em fevereiro de 2018 e,  com fim neste mês de maio.

As peças publicadas neste post são de: Mafalda Ferreira (A Costureira), Ana Joaquina Filipe (desafiada por Mariana Neves)  e Centro de Dia da Fajarda (desafiada por Ana Joaquina Filipe), os contactos que fiz aconteceram via facebook (aos meus amigos nesta rede social). Contudo, quem estiver disponivel a participar será um gosto! Obrigado 

Nesta publicação temos três peças de três gerações, sendo que as mais antigas produziram os taleigos muito enraizados no convencional,  enquanto que Mafalda Ferreira, uma jovem que dedica algum do seu tempo a realizar peças em textil, executou um saco inspirado no tradicional, sobretudo o formato, os tecidos e a função são absolutamente contemporâneos. 

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Autor: Mafalda Ferreira - A Costureira

 

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Autor: Centro de Dia da Fajarda

 

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Autor: Ana Joaquina Filipe

Créditos fotográficos: Paulo Fatela

 

 

 

 

 

 

METAIS - LATOARIA, FERREIROS, RECORTES EM ZINCO E LATÃO, ESCULTURA - OBJETOS DECORATIVOS

Latoaria

A latoaria / funilaria é um ofício em que o artesão produz e repara artefatos em metal. Os metais utilizados são a folha de flandres, chapa zincada entre outras.  A produção artesanal tradicional privilegiava  noutros tempos que não conheciam a eletricidade e o plástico, peças utilitárias  como por exemplo: lampiões e lamparinas para alumiar, almotolias para o azeite, funis para enchidos, cântaros para o vinho ou o leite.  Hoje as peças têm um carácter mais decorativo.

 

“Relatou Heraldo Bento que vários foram os latoeiros / funileiros e aprendizes destes ofícios em Coruche,  meados do século XX, nomeadamente: Francisco da Palmira; Antónia Frade (proprietária de uma oficina de latoaria); Lopes; José Simões; João Abrantes e José Anselmo da Cruz Júnior. 

Atualmente não existe ninguém no concelho de Coruche a praticar a atividade de latoeiro/funileiro. 

Não nos foi possível localizar peças dos artesãos acima mencionados, com exceção de José Anselmo da Cruz Júnior, do qual recolhemos alguns dados biográficos, junto de um familiar e da Conservatória do Registo Civil de Coruche, e registámos em fotografia (fotografo Nuno Capaz) algumas peças decorativas/úteis, que ainda é possível encontrar nas casas de alguns Coruchenses.”

 

Esquiço biográfico

 

José Anselmo da Cruz Júnior, conhecido por Zé Russo, nasceu nas primeiras décadas do século XX, 1921, em Coruche.

Em 1955 foi ao encontro de um irmão em Lisboa e instalou-se no bairro da Mouraria na atividade de latoeiro, trabalhando por conta de outrem.

Como os amores não foram de feição regressou a Coruche, onde se instalou, inicialmente na Rua Júlio Maria de Sousa e mais tarde na Travª do Monteiro e, aí continuou a desenvolver atividade executando lanternas, molduras de espelhos, apliques entre outras. Peças, portanto, que acumulavam dupla função, úteis e decorativas. As cores que predominavam eram essencialmente o verde seco, o bordeaux e o dourado, tons que estiveram em moda nos anos 70/80, considerando a sua integração em ambientes de casa clássicos e urbanos, não obstante o contexto de ruralidade que nos assiste.

Fontes: Fatela, Paulo – Mão com Alma, artes e ofícios tradicionais em Coruche, edição Associação da Charneca Ribatejana, 2014, pág. 171.

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Autor: José Russo

Designação: Aplique

Material: Folha de flandres

Dimensão: 0,40m x 0,15m

Fotógrafo: Nuno Capaz

 

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Autor: José Russo

Designação: Espelho com apliques

Material: Folha de flandres

Dimensão: 0,50m x 0,40m

Fotógrafo: Nuno Capaz

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Autor: José Russo

Designação: Espelho

Material: Folha de flandres

Dimensão: 1,20m x 0,90m

Fotógrafo: Nuno Capaz

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Autor: José Russo

Designação: Lanterna

Material: Folha de flandres

Dimensão: 0,25m x 0,20m

Fotógrafo: Nuno Capaz

 

 

 

 

 

FIOS - LINHO, ALGODÃO, LÃ e OUTROS

Publico neste post um conjunto de quatro taleigos em crochet, sendo que dois produzidos por duas mulheres que estiveram de forma marcante na minha vida.  As outras duas peças foram trazidas até mim por Raquel Marques e são da sua mãe Maria Filomena Carvalho. São peças dos anos oitenta do sec. XX. Obrigado!!!

 

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Autora: Maria Mendes ( minha sogra)

ano:1981

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Autora: Maria Filomena Carvalho

ano: 1983

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Autora: Maria Filomena Carvalho

ano: 1983

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Autora: Rita Costa Turicas (minha tia e madrinha de batismo)

ano:1980

 Créditos fotográficos: Paulo Fatela

 

 

 

 

FIOS - LINHO, ALGODÃO, LÃ e OUTROS

Chegaram vários taleigos ao Coruche à Mão, partilha de Ana Maria Ribeiro, Mariana Neves e Luísa Serrão. Obrigado!!! 

 

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Taleigo para colocação de chinelos

Materiais: Tecidos (capulana e tecido de algodão)

Peça de produção contemporrânea, detalhes / fuxicos

Autora: Ana Maria Ribeiro

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Taleigo bordado

Materiais: Tecido e linhas de algodão

Peça de produzida há mais de cinquenta anos

Autora: Ana Maria Ribeiro

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Taleigo para pão (bordado a ponto de cruz)

Materiais: Tecidos (quadrlié) e linhas de algodão

Autora: Mariana Neves

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Taleigo (bordado a ponto de cruz)

Materiais: Tecidos de fibras sintéticas, quadrlié e linhas de algodão policromáticas 

Autora: Luísa Serrão

 

Créditos fotográficos: Paulo Fatela