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coruche à mão

preservar memória / criar valor

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GASTRONOMIA

MEL

 

A propósito das várias aplicações do mel na gastronomia...

 

Estamo-nos a aproximar do dia de Todos-os-Santos, celebração em honra de todos os santos e mártires, é festejado pelos  crentes de muitas das igrejas da religião cristã.

A Igreja Católica celebra a Festum Omnium Sanctorum (Festa de Todos-os-Santos) no dia 1 de Novembro. A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes fechando a época litúrgica da Páscoa, tal como a Igreja Católica Oriental. A Igreja Anglicana também celebra o dia de Todos os Santos com o mesmo significado que nas Igrejas Católicas e Ortodoxa. Na Igreja Luterana, o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou, pelo que o significado da celebração também é quase idêntico ao de outras igrejas cristãs.

As broas de mel são uma tradição gastronómica da festividade do dia de Todos os Santos, assim divulgo neste forum duas receitas, uma publicada no opúsculo Comeres de Coruche e outra no Coruche à mesa e outros manjares. Contudo lanço, também, o desafio as vários amigos para partilharem receitas.

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_de_Todos-os-Santos

 

Broas de Mel

1 tigela de azeite

2 tigelas de mel

2 tigelas de água

3 tigelas de farinha de trigo

1 tigela de farinha de milho

Canela q.b.

Erva doce q.b.

 

Põe-se ao lume os líquidos com os temperos e quando ferverem  juntam-se as farinhas que se  mexem muito bem com uma colher de pau.

Tendem-se depois as broas pondo em cada uma, uma amêndoa.

Vão ao forno a cozer

 

In: “Comeres de Coruche”, Associação para o Estudo e Defesa do Património Cultural e Natural do Concelho de Coruche, 1993, pág. 43

 

Broas

400 g de farinha de milho

1 kg de farinha “Espiga”

1 Kg de farinha “Branca de Neve”

15 pedrinhas de sal

125 g de manteiga

180 g de banha

3 dl de azeite

meio litro de mel

1 cálice de aguardente

2 pacotinhos de canela

1 pacotinho de erva-doce

700 g de açúcar amarelo

2 colheres de chá de “Pó Royal” e água.

 

Coloca-se num alguidar a farinha de milho e as pedrinhas de sal e escalda-se com um pouco de água a ferver. Leva-se a derreter a manteiga e a banha e deitam-se sobre a farinha escaldada.

Junta-se o resto ds ingredientes com exceção das farinhas. Às farinhas mistura-se o “Pó Royal” deitando-se depois a pouco e pouco até estarem bem incorporadas.

Por fim tendem-se as broas para tabuleiros que devem estar polvilhados com farinha. As broas devem ser pinceladas com gema de ovo. Vão ao forno até a gema  ganhar um bela cor  acastanhada e as broas ganharem um pouco de solo.

 

In: Labaredas, José – Coruche à mesa e outros manjares, Lisboa: Assírio e Alvim, 1999, p. 267.

 

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Broa de mel - produção casa "Flausino" 

Créditos fotográficos: Paulo Fatela 

 

São seis as variedades de broas que a padaria Rosão, com instalações em Lamarosa - Coruche, produz e comercializa.

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Broa da aldeia - produção padaria Rosão

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Broa da avó - produção padaria Rosão

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Broa de café - produção padaria Rosão

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Broa de mel à antiga - padaria Rosão

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Broa de mel e noz - padaria Rosão

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Broa de mel e milho - padaria Rosão

Créditos fotográficos: Paulo Fatela

 

Receita partilhada por Luísa Serrão:

 

Broas de mel

500 grs  açúcar amarelo

2,5 dl  mel

0,5 l azeite

1 Kg de farinha branca de neve

1 pacote de erva doce

1 pacote de canela em pó

1 l de água

Nozes (picadas)

 

 

Leva-se a ferver a água, o açúcar,  o mel, o azeite, a canela e a erva doce, baixa-se o lume e deita-se a farinha. Moldam-se as broas e vão ao forno a alourar.

 

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 Créditos fotográficos: Luisa Serrão 

 

Receita partilhada por ML Mesquita:

 

Broas de mel da avó Joana

0,5l de azeite

0,5l de mel

0,5l de água

erva doce e canela a gosto,

150grs de açúcar amarelo

1/2kg de farinha de milho

1/2kg de farinha de trigo

 

Ferve-se  num tacho o azeite a água o mel a erva doce a canela e o açúcar amarelo. Quando levantar fervura vão-se deitando as farinhas que já foram previamente misturadas, mexendo sempre até a massa secar. Deixa-se arrefecer e de seguida tendem-se as broas, levam-se ao forno com amêndoa por cima.

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  Créditos fotográficos: Lubélia Raposo / Edição: Paulo Fatela 

 

Receita partilhada por Maria Helena Reis:

 

Broas de açúcar

1l de água

1/2 l de azeite

1kg de açúcar amarelo

1kg de farinha de trigo

1colher de sopa de canela

1colher de sopa de erva doce (depende do gosto )

Nozes (picadas)

 

Vão todos ingredientes a ferver com excepção da farinha que é colocada lentamente, com o lume brando. Quando a massa se descolar da panela retira-se do lume e  ainda morna tendem-se as broas. As nozes são colocadas antes da farinha . Vão ao forno a alourar.

 

Receita partilhada por Manuela Mesquita:

 

Broas de mel e noz

 

1 l de mel

1 l de água

0,5 l de azeite

250 grs de açúcar

800 grs de farinha de trigo

250 grs de farinha de milho

1 colher de chá de erva doce

1 pitada de sal

100 grs de nozes

 

Levam-se ao lume os líquidos e a canela, erva doce e o sal, quando começarem a ferver juntam-se-lhes as farinhas misturadas previamente, e as nozes aos pedacinhos, mexe-se tudo muito bem e retira-se do lume. Deixa-se a massa arrefecer,  moldam-se as broas a gosto, coloca-se um pedaço de noz em cima e levam-se ao forno, num tabuleiro levemente untado com gordura. Podem ser polvilhadas com açúcar. 

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   Créditos fotográficos: Manuela Mesquita

 

Receita partilhada por Eunice Silva:

 

Broas de mel com amêndoas

 

70 ml de mel

70 ml de azeite

70 ml de água

120 g de açúcar

250 g de farinha

200 g de amêndoa moída

2 colheres de chá de fermento em pó

3 colheres de chá de canela moída

 

Num tacho coloca-se o mel, o azeite, a água e o açúcar e leva-se ao lume para aquecer e dissolver o açúcar.

Numa taça grande mistura-se a farinha, o fermento, a amêndoa e a canela. Faz-se um buraco no meio e deita-se a mistura anterior, mexe-se até formar uma bola que se solta da taça.
Unta-se as mãos em azeite e formam-se bolinhas do tamanho de uma noz, achatam-se, ligeiramente, e coloca-se uma amêndoa em cima, pincelam-se com leite ou com gema de ovo diluída numa colher de sopa de leite.
Leva-se ao forno aquecido a 180º em tabuleiro forrado com papel vegetal, durante cerca de 15 minutos.

 

Foto.jpgCréditos fotográficos: Eunice Silva 

 

 

 

ARTES PLÀSTICAS

ESCULTURA

A escultura é uma arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial. Na escultura existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como a fundição, moldagem, aglomeração de partículas para a criação de um objeto, e outras. Vários materiais são utilizados na escultura, uns mais perenes como o bronze ou o mármore, outros mais fáceis de trabalhar, como a argila, a cera ou a madeira.

A Grécia clássica é considerada o berço ocidental da arte de esculpir, desde os seus primeiros artefactos até o apogeu da era de Péricles (século V a.C.), com as esculturas da Acrópole de Atenas. Foi também quando alguns escultores começaram a receber reconhecimento individual.

Os romanos abraçaram a cultura clássica e continuaram a produzir esculturas até o fim do império, numa escala monumental e numa quantidade impressionante. As peças foram distribuídas por todo o império e eram essencialmente em mármore.

Após o fim do império e a idade média, onde pouco se fez, surgem algumas esculturas góticas (séculos XII e XIII) como decoração de igrejas.

Tudo pareceu culminar no Renascimento, com mestres como Donatello.

Quando Benvenuto Cellini criou um saleiro em ouro e ébano em 1540, mostrando Neptuno e Anfitrite em formas alongadas e posições desconfortáveis, transformou o Naturalismo e criou a obra maior do Maneirismo. A sua forma mais exagerada deu lugar ao Barroco.

Após os excessos do Barroco, o Neoclassicismo é um retorno ao modelo helenista clássico, antes dos anos confusos do Modernismo, que nos trouxe a magnífica obra em bronze do francês Auguste Rodin e o seu O Pensador, e depois encerrou a tradição clássica com o Cubismo, o Futurismo, o Minimalismo, as Instalações e a Pop Art.

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura

 

Inicio a rúbrica sobre ESCULTURA com referência a Romão Santos e às suas produções em pedra. 

 

POEMA DE PEDRA LIOZ

 

Álvaro Góis,

Rui Mamede,

filhos de António Brandão,

naturais de Cantanhede,

pedreiros de profissão,

de sombrias cataduras

com bisontes lendários,

modelam ternas figuras

na brutidão dos calcários

 

Ali, no esconso recanto,

só o túmulo e mais nada,

suspenso no roxo pranto

de uma frestas geminada.

Mas no silêncio da nave,

como um cinzel que batuca,

soa sempre em truca… truca,

lento, pausado, suave,

truca, truca, truca, truca,

sob a abóbada romântica,

como um cinzel que batuca

numa insistência satânica,

truca, truca, truca, truca,

truca, truca, truca, truca,

 

Álvaro Góis,

Rui Mamede,

filhos de António Brandão,

naturais de Cantanhede,

ambos ali estão,

truca, truca, truca, truca,

vestidos de surrobeco

e acocorados no chão,

truca, truca, truca, truca,

 

No friso, largo de um palmo,

que da volta a toda a arca,

um Cristo, de gesto calmo,

assiste ao chegar da barca.

Homens de vária feição,

barrigudos e contentes,

mostram, no riso dos dentes,

o gozo da salvação,

Anjinhos de longas vestes,

e cabelo aos caracóis

tocam pífaros celestes, entre cometas e sóis.

Mulheres e homens de paz,

esgazeados de remorsos,

desistem de fazer esforços,

entregam-se a Satanás

 

Fixando a pedra, mirando-a.

Quando mais o olhar se educa,

Mais se entende o truca… truca…

Que enche a nave, transbordando-a,

truca, truca, truca, truca,

truca, truca, truca, truca.

 

No desmedido caixão,

Grande senhor aqui jaz.

Pupilo de Satanás?

Alma pura, de eleição?

Dom Afonso ou Dom João?

Para o caso tanto faz.

 

António Gedeão

João Romão Santos (Romão Santos) nasceu em 1971, em Coruche.

Fez formação na Escola Secundária de Coruche, onde completou o GAC (curso geral de administração e comércio) e o CCA (curso complementar e administração).

Em meados de 2002 iniciou-se nas Artes Plásticas, na vertente de escultura, como autodidata. Desde essa data conta já com mais de uma dezena de exposições realizadas, diversificando sempre nos materiais utilizados, tais como a pedra, o ferro, a madeira, etc.

Desenvolve também alguns trabalhos na área da decoração de interiores, bem como restauro e reciclagem de diversas peças.

A pedra que mais utiliza é o moleano, bem como os granitos e os mármores, que podem ser trabalhados em separado ou em conjunto.

 

Revisão Ana Paiva

 

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Titulo: Sagrada Família

Material: Xisto

Dimensão: 0.28m x 0.09m - 0.21m x 0.09m e 0.17 x 0.09m

Autor: Romão Santos

 Créditos fotogáficos: Carlos Silva

 

Retomo esta rúbrica agora com referência ao artista André Banha.

André Banha estabelece uma relação com a exterioridade pelas instalações utilizando a madeira. São construções de Mundos num microcosmos onde cada um dos que experienciam tais instalações lida com relações tácteis, vividas no jogo com o corpo das obras, texturas e volumes. A experiência direta com a madeira, com a visualidade táctil e as formas em volumes, que se impõem ao corpo de quem as experiencia, estabelece um jogo de afetos.

In: Catalogo Bienal de Coruche - Percursos com Arte - 2013

 

Esquisso biográfico de André Banha

 

André Banha, nasceu em Santarém, em 1980, reside em Santana do Mato – Coruche é licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, em 2006, é atualmente representado pela VPF – Cream Art Gallery, Lisboa.

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS Desenho, Escultura, Academia das Artes, São Miguel, Açores, 2008 (catálogo). Segurei-te o pôr-do-sol, VPFcream Art, Lisboa, 2008. O que existe no interior de um ovo? Galeria santa Clara, Coimbra, 2008. De dentro…, no espaço 20m3, Galeria Carlos Carvalho – Arte Contemporânea, Lisboa, 2007 (catálogo). Abrigo-me, Galeria Violeta – Caldas Contemporary Art, Caldas da Rainha, 2006, De dentro…, no espaço 20 m3, Galeria Carvalho, Arte Contemporânea, Lisboa, 2008, Desenho e Escultura, Academia de Artes doos Açores, A casa das duas portas, Biblioteca da FCT/UNL, Campus de Caparica, 2010, desenha, escultura, VPF Cream Art Gallery, 2010/11.

 

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS Jeune Création Européenne, 2007 – 2009 (catálogo): - Théâtre de Montrouge, Montrouge, França, Setembro – Outubro 2007; - Klaipeda Exhibition Hall, Klaipeda, Lituânia, Março – Abril 2008; - Galerie Im Traklhaus, Salzburg, Áustria, Novembro 2008 – Janeiro 2009; - Museo d’Arte Contemporanea Villa Croce, Genova, Itália, Fevereiro – Março 2009; - Centre Cultural Metropolità Tecla Sala, L’Hospitalet de Llobregat, Catalunya, Espanha, Abril – Maio 2009; - Museu Amadeu de Sousa Cardoso, Amarante, Portugal, Junho - Julho 2009. Finisterra, no âmbito do evento Allgarve, Convento do Espírito Santo, Loulé, 2008 (catálogo). Fazer falar o desenho, Museu de Arte Contemporânea – Forte São Tiago, Funchal, 2007 (catálogo).

 

PROJECTO FÁBRICA – Import / Export, Antiga fábrica de curtumes, Guimarães, 2007 (catálogo). Coimbra – Aix-en-Provence – Convento de São Francisco / Galeria Santa Clara, Coimbra, 2007. Anteciparte, 3ª Edição, Lisboa, 2006 (catálogo). SALON, Galeria Violeta – Caldas Contemporary Art, Caldas da Rainha, 2006. LuzBoa, II Bienal Internacional da Luz, Lisboa, 2006 (catálogo). Ateliers Livres, Museu Atelier João Fragoso, Caldas da Rainha, 2006. Jovens Artistas, Estado das Artes, Torres Vedras, 2005. ESAD CALDAS 2005 IPL, Caldas da Rainha, 2005 (catálogo). Caldas Late Night, Caldas da Rainha, 2005.

 

PRÉMIOS Menção Honrosa, Anteciparte, 3.ª Edição, Lisboa, 2006. Menção Honrosa, Bienal de Artes Plásticas de Coruche, Coruche, 2009, Primeiro prémio na  Bienal de Artes Plásticas de Coruche, Coruche, 2013.

 

Fonte:

Catalogo Bienal de Artes Plásticas de Coruche – 2013

http://www.artecapital.net/vpfcreamart/index.php?id=15

 

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 Titulo: Segurei-te o pôr do sol

Escultura com recurso a madeira

Autor: André Banha

Créditos fotográficos: Ana Marques

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S/ titulo:

Escultura com recurso a madeira

Autor: André Banha

Créditos fotográficos: Ana Marques

 

 

Novo registo nesta rubrica agora com referência ao artista plástico Alberto Simões de Almeida.

 

Esquisso biográfico: 

 

Alberto Simões de Almeida

Nasceu em Coruche, em 21 de Novembro de 1952.

Licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, cedo enveredou pelo ensino, lecionando actualmente a disciplina de Matemática no Ensino Secundário.

Especificamente em arte, concluiu o Curso de Pintura e o Curso “Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea”, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.

Posteriormente, concluiu a Pós-Graduação em Comunicação Educacional Multimédia, estudos que integravam formação em “Semiótica das Representações Visuais”, na Universidade Aberta, em Lisboa.

Expondo regulamente desde 2000, participou em mais de sessenta exposições coletivas e realizou oito exposições individuais, a saber: Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos, Galeria EDEN - Lisboa, Centro Cultural de Samora Correia, Centro Cultural da Malaposta, Ateneu Comercial de Lisboa, Bienal de Artes Plásticas de Coruche, Galeria de Arte do Estoril, e Casa Mantero em Sintra.

Está representado nos acervos das Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Sines e Sintra, integrando também o espólio artístico da Casa Pedro Álvares Cabral / Casa do Brasil, em Santarém.

 

Fonte: Catálogo da Bienal de Artes Plásticas – Percursos com Arte - 2013

 

Fotos de esculturas realizadas em 2014 /2016

 

Sete elementos e quadrado preto

Explorando ideias desenvolvidas por Wassily Kandinsky, neste projecto foi idealizada a utilização de um quadrado preto (quase sempre usado como suporte) e sete elementos de diferentes formas, dimensões e cores (dois rectângulos um branco e outro amarelo, um círculo vermelho, e quatro réguas  duas cinzentas, uma vermelha e outra azul).

A interacção entre os sete elementos sempre iguais e do quadrado preto gerou diferentes topologias, levando a que a percepção do conjunto dos elementos seja sempre questionada acerca do ângulo de observação.
Diferentes pessoas questionadas consideraram que a orientação das esculturas de parede podia variar, rodando-as; ou criaram novas opções de distribuição dos elementos, num processo criativo.”

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Territórios - Territories

“Defendendo a supremacia da pintura não figurativa sobre a pintura de imitação da natureza, Kazimir Malevitch (1879-1935) introduziu, em 1913, um novo conceito que designou como “Suprematismo”, em que considerou ser primordial a abstracção geométrica baseada na pura não-objectividade, assumindo o artista a primazia da sensibilidade plástica pura, acima de toda a finalidade materialista. Em 1915, Malevitch expôs trinta e nove quadros em S. Petersburg, então Petrogrado, capital da Rússia; nas obras expostas, predominavam os quadrados e os rectângulos, as linhas e os círculos, e a cruz; utilizando uma reduzida paleta de cores, sempre saturadas, assumia uma representação não objectiva, desnudando os objectos de qualquer significação, defendendo que “a realidade em arte é o efeito sensitivo da cor”, atingindo assim “a superioridade absoluta da emoção pura”. No entanto, só em 1925, Malevitch fez a sistematização teórica do “Suprematismo”, através do manifesto “Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo Realismo na Pintura”, escrito em colaboração com o poeta Maiakóvski (1893-1930).

Em 1919, El Lissitzky (1890-1941) integra-se no movimento suprematista, tendo desenvolvido os projectos designados por “PROUN”, que descreveu como “uma estação a meio caminho entre a pintura e a arquitectura”, uma forma de arte em que fazia construções montadas sobre as superfícies das paredes, estabelecendo como objectivo essencial a libertação da arte de qualquer interpretação emocional da realidade, através do desenvolvimento de uma nova linguagem abstracta, baseada em elementos correlacionados, estruturas internas, energias e tensões espaciais.

Passados cerca de cem anos, a proposta ora apresentada por Alberto Simões de Almeida revive a concepção suprematista, jogando com os elementos geométricos elementares e com a precariedade de cores, quase sempre planas; trata-se de uma evocação, ora aproximando-se, ora afastando-se, dos trâmites que fundamentaram esse movimento. O ponto de partida foram os desenhos de El Lissitzky, reinterpretando-os, redimensionando-os a três dimensões, buscando a abstracção numa fuga constante a referentes, tentando anular significações, apesar de ser inevitável que qualquer observador possa fazer as suas próprias aproximações mentais à realidade.

As esculturas de Alberto Simões de Almeida são estruturas assimétricas, em que a presença de linhas de fuga introduz uma sensação dinâmica, por vezes bem explícita. À utilização das formas geométricas puras e absolutas características do “Suprematismo” (círculo, quadrado, rectângulo, triângulo e cruz), conjugadas de maneira independente ou combinada, acrescentou a elipse, forma geometricamente mais elaborada. Embora a paleta de cores utilizadas seja reduzida, o branco e o preto integram quase todos os trabalhos, com predomínio do preto no plano-base das esculturas de parede.”

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Fonte:www.albertosimoesdealmeida.com

 

 

 

MÃOS NA MÚSICA

SAXOFONE

 

Saxofone é um instrumento de sopro patenteado em 1846 pelo belga Antoine Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu em França no século XIX. Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). A maior parte dos saxofones são em Si♭ (como o sax tenor) ou em Mi♭ (como o sax alto e o barítono). O soprano é normalmente em Si♭.

 

Ao longo do tempo diversas modificações foram feitas, como a chave de registo automática, introduzida no início do século XX em substituição às duas chaves de registo que deveriam ser alternadas manualmente pelo instrumentista. Entretanto, as características gerais do instrumento permanecem as mesmas dos originais criados por Adolphe Sax.

 

O saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente em latão, com chaves, numa mecânica semelhante à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cónico, com cerca de 26 orifícios que têm as aberturas controladas por cerca de 23 chaves e uma boquilha que pode ser de metal ou de resina, na qual se acopla uma palheta.

 

A família do saxofone é extensa. Todos os membros compartilham a mesma digitação e a escrita é sempre em clave de sol, variando a transposição de acordo com o registo do instrumento. Dentre os sete instrumentos originalmente produzidos, há:

 

Saxofone sopranino;

Saxofone soprano;

Saxofone alto;

Saxofone tenor;

Saxofone barítono;

Saxofone baixo;

Saxofone contrabaixo.

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Saxofone

 

Coruche tem, em meu entender, um executante de excelência no âmbito do saxofone, pelo que neste post publico um esquiço biogáfico desse artista:

 

David Manuel Carvalho Carrapo (David Carrapo) nasceu a 18 de março de 1969, em Coruche.

Aos nove anos de idade integrou a banda da Sociedade Instrução Coruchense, onde permaneceu quinze anos. Com treze anos de idade fez parte do primeiro grupo de baile denominado Paraíso e, posteriormente, com uma outra formação, do Contacto 003, grupo que teve a duração de dez anos e realizou vários trabalhos discográficos. Fez parte de outros grupos, nomeadamente David e Quim, David e Carlos Marmelada e Santos da Casa (banda rock), os quais deram origem aos Filhos da Terra, banda que conta com trinta anos de existência.

Atualmente faz trabalhos como freelancer com vários músicos e integra, como saxofonista, uma banda emblemática, sediada em Lisboa, os DuraLex Sede Lex. Contudo, o boom do seu trabalho no presente é desenvolvido a solo, tocando saxofone nos mais diversos eventos.

  

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 Créditos fotográficos: Ana Marques / Edição: Paulo Fatela

 Revisão Ana Paiva